Desde 2011 que adotei um estilo de vida mais minimalista e consciente, e isso reflete-se em tudo, até no que visto e calço. Recentemente, tive o privilégio de participar no evento “Breakfast with Veja”, no Comoba em Lisboa, onde conhecemos o cofundador da marca, Sébastien Kopp, e a história inspiradora de uma empresa que, ao longo de 20 anos, tem provado que é possível criar moda com impacto positivo.
O pequeno-almoço no Comoba esta delicioso. Recomendo muito as panquecas com maçã.



Claro, estive lá com as minhas fiéis sapatilhas Veja, que já me acompanham há anos. Sou uma defensora de um guarda-roupa minimalista e funcional. Normalmente, tenho apenas um par de cada tipo de calçado: umas sapatilhas, umas botas e umas sandálias. Não vejo necessidade de mais, e isso ajuda-me a valorizar verdadeiramente o que tenho. Uso as coisas até ao fim, reparo quando necessário e, sinceramente, não me importo de repetir. Acho até que deveríamos normalizar o ato de repetir roupa ou acessórios – é prático, sustentável e tira a pressão de estarmos sempre a comprar. E, além disso, torna tudo mais fácil na hora de decidir o que vestir e, também, na altura de fazer uma mochila ou mala de viagem!
Para mim, o que vestimos também é uma mensagem. Quando escolho algo, quero que reflita os meus valores: simplicidade, sustentabilidade e coerência. E foi exatamente isso que senti no evento da Veja.
A História Inspiradora da Veja
Desde 2005, a Veja tem reinventado o conceito de sapatilhas ao integrar projetos sociais, justiça económica e materiais ecológicos. A marca utiliza algodão orgânico brasileiro e peruano para o tecido e os atacadores, borracha amazónica para as solas e materiais reciclados, como garrafas de plástico e poliéster.
As sapatilhas são produzidas em fábricas com ótimas condições de trabalho no Brasil e em Portugal, e a logística na Europa é gerida por uma empresa de inclusão profissional, a Log’ins. Além disso, a Veja compra algodão diretamente a pequenos produtores, respeitando os princípios do comércio justo.
Desde 2004, a marca já adquiriu mais de 2600 toneladas de borracha amazónica, pagando até 3,5 vezes o preço do mercado. Este modelo não só garante um rendimento digno aos seringueiros como ajuda a proteger a floresta amazónica, promovendo o seu valor económico.
O compromisso da Veja com a sustentabilidade vai além do uso de materiais ecológicos. Em 2020, lançaram o projeto “Clean, Repair, and Collect”, que incentiva a reparação de sapatilhas para prolongar a sua vida útil. Desde então, mais de 27.000 pares foram reparados.


Repetir é Sustentável
No evento, pensei bastante sobre como os valores da Veja se alinham com os meus. Ter menos coisas e cuidar bem delas é uma das formas mais simples de reduzir o impacto no planeta. Repetir o que vestimos não é apenas uma questão de praticidade; é um ato de sustentabilidade.
Por isso, da próxima vez que alguém reparar que estás a usar a mesma roupa ou os mesmos sapatos, pensa que estás a dar um exemplo positivo. E, quem sabe, talvez inspires os outros a fazer o mesmo.
