Somos parte de um todo

Bem-vindos ao novo Ana, Go Slowly!
Queria que o primeiro post reflectisse exactamente a mensagem que é mais importante para mim: que só faz sentido encararmos a nossa vida como um todo.

De que me adianta cuidar do planeta e dos outros se eu não cuidar de mim mesma primeiro? E de que adianta, também, eu só cuidar de mim e me esquecer de tudo o resto?

Acredito que quando começamos a cuidar de nós, do nosso corpo, da nossa mente e da nossa alma, inevitavelmente acabamos por nos preocupar mais com o planeta e com os outros. Começamos a perceber que a mãe Terra é a casa de todos e que todos nós estamos ligados de alguma forma, por sermos parte deste planeta.

Quando iniciamos um caminho de auto-conhecimento já não conseguimos voltar atrás, queremos continuar, descobrir mais, compreender, ir mais além. E acho que o nosso propósito aqui na Terra é precisamente esse: conhecermo-nos e apaixonarmo-nos pela pessoa que somos, se não nascemos e morremos com um estranho.

A minha jornada de auto-conhecimento começou com o yoga. Mas o cuidar do planeta começou bem lá atrás, quando me tornei vegetariana há cerca de 15 anos. No entanto, só muitos anos mais tarde é que tudo se ligou e fez sentido. Até então eu via tudo de forma separada e estanque, como se as coisas não estivessem ligadas entre si. Talvez porque sempre me senti um pouco desligada de mim mesma e do universo. Então foi preciso conectar-me comigo mesma para me voltar a ligar ainda mais ao planeta.

Há vários caminhos e formas de lá chegarmos, no meu caso, o yoga tornou-me mais feliz e consciente, o que acabou por despertar em mim uma vontade ainda maior de fazer algo pelo planeta. Através da nossa ligação com a Terra que vai crescendo, começamos a perceber que só podemos ser parte dessa natureza também.

Por que razão nos sentimos tão bem na natureza? Por que adoramos ver o pôr-do-sol? Ouvir os pássaros? Ver o mar?

Desde miúda que sempre senti uma enorme ligação ao mar mas não me sentia parte da natureza. Foi preciso ficar doente e receber esta mensagem, quer através de pessoas que conheci, quer através de situações que me foram acontecendo, para eu perceber isso mesmo. Quando percebi isso, foi o primeiro passo para me sentir curada, mais feliz e com muito mais energia, como se me conseguisse alimentar dessa energia da Terra.

Quando colocamos as plantas dos nossos pés na terra, na relva ou na areia sentimo-nos bem e relaxados e não há melhor de forma de sentirmos que somos parte deste todo, que é a mãe Terra.

  • Foto: Abigail

    Ana Milhazes, Socióloga, Coach, Formadora, Instrutora de Yoga, fundadora do Lixo Zero Portugal

    Bem-vindos ao Ana, Go Slowly!

    Aqui cabe tudo aquilo que nos leva em direcção a uma vida mais simples, mais sustentável e também feliz: minimalismo, slow living, desperdício zero, hábitos saudáveis, ferramentas de desenvolvimento pessoal, yoga e meditação.

  • Como começar?

  • O meu livro

    Vida Lixo Zero
  • Categorias