O que é o Hygge?

Hygge é comer papas de aveia quentinhas embrulhada numa manta bem quentinha no sofá num dia de muito frio
Diria que é das coisas mais maravilhosas do mundo. Por favor levem-me já para a Dinamarca!
Então o que é o hygge? (lê-se hooga)
Não tem tradução para português e não é uma coisa, é algo que se sente simplesmente. é uma espécie de conforto, de bem-estar, sobretudo quando estamos no sofá enroladinhos numa manta bem fofa, com meias quentes, a bebericar um chocolate quente, com o 4 patas no nosso colo, a ler um livro que estamos a adorar, com a nossa música preferida de fundo. Estão a perceber o espírito?

Meio mundo já falou do hygge, até porque este livro foi editado em Portugal no início deste ano! Mas eu só decobri este fenómeno há cerca de um mês.
Resolvi comprar o livro e fiquei completamente apaixonada! Identifiquei-me tanto com este conceito! Pensei mesmo “caramba, foi por isto que criei o blog! Para me obrigar a ter mais momentes assim (hygge), de calma, conforto e felicidade!” Mal eu sabia que os dinamarqueses se dedicavam mesmo a cultivar este estado de espírito (afinal eles são considerados dos povos mais felizes…).
Sempre me identifiquei muito com os países nórdicos, é bem verdade! Só não sou alta! De resto, sou branquinha, visto-me com cores escuras, adoro frio e o inverno, adoro acordar cedo, sempre gostei de andar de bicicleta… Enfim! Nasci no país errado 🙂
Este livro (O livro do Hygge – O segredo dinamarquês para ser feliz de Meik Wiking) está recheado de fotografias, ilustrações e até algumas receitas. É super agradável de ler e é um verdadeiro guia, ou seja, é um livro para ler e reler (hoje em dia só compro livros em papel que sei à partida que vou ler várias vezes, senão opto sempre pela versão digital).
O marcador que vem com o livro resume bem o espítito hygge e cada capítulo deste livro.
Então o manifesto do hygge traduz-se de forma simples:
  • No ambiente (baixa luz ou à luz das velas)
  • No momento presente (estar no aqui e no agora)
  • No prazer de saborear ou beber coisas deliciosas, como por exemplo um capuccino cheio de espuma acompanhada de uma fatia do nosso bolo de chocolate preferido
  • Na igualdade (o importante é o “nós” e não o “eu”. Como dizia uma amiga minha quando eramos miúdas “ninguém é melhor do que ninguém, cada um é melhor à sua maneira). No hygge somos todos iguais e todos estamos de bem com isso
  • Na gratidão, ou seja, na capacidade de percebermos que não há melhor do que este momento e, por isso, devemos vivê-lo plenamente
  • Na harmonia
  • No conforto
  • Em dar tréguas (nada de dramas ou de falar em política ou assuntos que poderão levar a discussões)
  • No convívio
  • E no refúgio, estarmos em casa, no nosso porto de abrigo, onde nos sentimos completamente seguros 


Apesar de o hygge estar mais associado aos momentos íntimos passados em casa, também é possível viver o hygge fora de casa e o livro tem um capítulo dedicado a isso mesmo.

Da mesma forma, apesar de ser associado ao inverno, também é possível viver o hygge todo o ano, por exemplo, em caminhadas no meio da natureza, em piqueniques, a ver o pôr-do-sol…
Após ler o livro pesquisei imensa coisa sobre o assunto e sobre a Dinamarca e encontrei este vídeo em que somos levados pelas ruas da Dinarmarca a descobrir precisamente onde anda o hygge e que importância tem ele para os dinamarqueses! (Bem, ainda fiquei com mais vontade de lá ir! Acho que vai ser este ano :))
Gostei imenso do capítulo do livro dedicado a recriar o ambiente hygge em casa! Digo-vos que tenho andado a fazer justamente isso nas últimas semanas… Já reduzi muita coisa cá em casa e agora estava a precisar de criar um ambiente mais confortável (o meu pinterest tem andado imparável, especialmente os álbuns home sweet home e hygge): materiais como madeira, cortiça… muitas plantas, mantas fofinhas, velas, candeeiros… Em breve espero partilhar por aqui mais algumas mudanças…
Depois lembrei-me também de pesquisar grupos no facebook dedicados ao hygge em Portugal. Como não encontrei resolvi criar um: o Grupo Hygge Portugal. O objectivo é partilharmos experiências hygge, fazermos crescer este movimento e quem sabe até marcarmos encontros hygge 🙂
Faço parte de outros grupos hygge e é super inspirador ver as fotos com os momentos hygge de cada um. Acreditem que ficamos logo bem dispostos!
Vamos ser todos mais felizes e recriar momentos hygge todos os dias? 🙂
  • Foto: Abigail

    Ana Milhazes, Socióloga, Coach, Formadora, Instrutora de Yoga, fundadora do Lixo Zero Portugal

    Bem-vindos ao Ana, Go Slowly!

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