Na rubrica “Partilha a tua história” irei publicar textos enviados pelos leitores que já simplificaram as suas vidas. Não há nada melhor do que nos inspiramos com outros exemplos de pessoas que mudaram as suas vidas para melhor! Acredito mesmo que uma vida mais simples é uma vida mais feliz 🙂
Queria contar um pouco para vocês a minha história e relação com o minimalismo. Isso foi uma coisa que eu sempre fui. Eu não fiz grandes esforços para mudar meu estilo de vida e viver com menos. E tudo começou porque ter uma quantidade muito grande de objetos sempre me atrapalhou. Desde bem pequena eu sabia que quanto mais brinquedos eu tivesse, mais coisas eu teria para arrumar. E quando a minha mãe perguntava se eu queria algum brinquedo novo eu dizia que “não precisa, eu já tenho muitos”. Eu era feliz com os brinquedos que eu já tinha, e o que eu não tinha, eu inventava. Eu também nunca gostei de ir pro shopping experimentar roupa. Eu preferia ir na livraria. E enquanto minha mãe ia no supermercado eu preferia brincar no Mundo da Criança. Odeio até hoje ficar indo pro shopping, e só vou em supermercado porque é necessário. Eu sempre gostei muito mais de comprar em lojinhas na rua, brechó e feirinhas.
Quando eu conheci o conceito de minimalismo, foi em 2010, acho que eu estava lá pela minha oitava série e eu andava meio infeliz com o caos que a vida andava. Eu tinha uma enorme dificuldade de organizar minhas coisas, meus estudos, minha vida. Então eu procurei pela internet e cheguei ao blog Vida Organizada, onde eu conheci pela primeira vez, a ideia de destralhamento e minimalismo. Depois de uma pesquisa aprofundada cheguei ao blog da Camile Carvalho- Vida Minimalista e desde aquele dia acabei me interessando profundamente pelo tema. E me senti super a vontade de começar essa jornada, porque não existia nenhuma regra além de eliminar os excessos da nossa vida.
Hoje vejo o quanto o minimalismo cresceu, e fico muito feliz. Mas também fico triste quando uma pessoa segue um estilo minimalista como uma estética e não como um estilo de vida. E isso tem acontecido bastante. Eu não padronizo meu instagram e nem uso apenas preto e branco. Eu não tenho 35 peças de roupa no armário, tenho muito mais, mas sou feliz com o que tenho e acho é o suficiente, não busco por mais. Acho que minimalismo me trouxe a consciência que eu tenho que ter por perto só aquilo que me faz feliz, só aquilo que condiz com a minha personalidade. Ao desapegar, me sinto livre, e passo a viver uma vida muito mais gratidão.