Adeus 2013 coisas!

Foram 2177 coisas para ser mais precisa (podem ver a lista completa aqui).
Confesso que quando comecei este desafio não acreditava que o iria concluir. Aceitei fazê-lo numa de brincadeira e para nos desafiar a ir mais além. Afinal já nos tínhamos livrado de tanta coisa no ano anterior, que não julgava possível ainda arranjarmos mais 2013 coisas!
Passei por várias fases, umas em que andava mesmo em arrumações e arranjava várias coisas para dar, outras em que apenas me ia livrando do que me ia aparecendo à frente. 
Afinal não há uma só estratégia para destralhar. 
Mas quando se começa uma aventura destas, acho sempre melhor escolhermos uma zona da casa, ou um armário ou uma gaveta. E devemos ir com calma para não nos arrependermos de nada. Outra estratégia que resulta comigo é a caixa do Dave, ou até o quarto de Dave, se quiserem. A ideia é colocar lá as coisas que estão em dúvida, que ainda não sabemos bem se queremos mandar embora. Se ao fim de x tempo (e cada um decide qual o melhor período de tempo), pode ser 6 meses por exemplo, não tivermos sentido a falta de nada: adeus! Assim sem dó nem piedade! Acreditem que não nos fará falta e mesmo se fizer uma outra vez, há sempre alternativas (pedir emprestado, viver sem ou voltar a comprar). Prefiro sempre dar a quem precisa, já que percebi que vivo bem sem muitas e muitas coisas que considerava essenciais. Não abdico do conforto, isso não, mas abdico do excesso, das coisas que vamos acumulando, que vamos guardando de recordação, que nos vamos esquecendo e que vamos deixando para depois. Depois arruma-se, depois organiza-se. Não, não gosto de deixar para depois. Prefiro ir arrumando, ir organizando, ir dando, não gosto de acumular sobretudo porque não gosto de perder tempo com este tipo de coisas. Prefiro gastá-lo a fazer o que mais gosto. Eu sempre gostei de arrumações, de fazer muitas coisas, mas ainda gosto mais de cozinhar, de ouvir música, de passar tempo com as pessoas especiais, de descansar no meu sofá, de caminhar ou de correr junto ao mar. E quando gastava fins-de-semana inteiros a tratar da casa, perdia tudo isto!
Deste desafio não faziam parte os pensamentos e as cismas, senão tenho a certeza que chegava rapidamente às 3000 coisas! O destralhar não é só físico, desenganem-se. Tem muito de mental também. Ao longo de todo este processo não nos livramos só de coisas. Se vos contasse como também me livrei de preocupações, de medos… Como agora me sinto uma pessoa mais forte, que controla melhor a mente e a forma como reajo a tudo o que me rodeia…
Por isso, agora há mais espaço (físico e mental) e mais tempo. Tenho a certeza que a minha casa agradece, a minha mente e o meu corpo também, assim como a minha família e todas as pessoas que ajudei até agora. 
Sou sem dúvida mais feliz assim!
E tu do que estás à espera para te livrares do que não interessa para ganhares tempo e espaço e seres mais feliz?

  • Foto: Abigail

    Ana Milhazes, Socióloga, Coach, Formadora, Instrutora de Yoga, fundadora do Lixo Zero Portugal

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