Desafio 2013 em 2013 no bom caminho

Quando me perguntam como é que as pessoas da família alinham (ou não) nesta onda do minimalismo, digo sempre que não devemos forçar, que devemos respeitar o que é o do outro. Claro que a outra pessoa também deve respeitar o nosso espaço e se o queremos arrumado e destralhado, a outra pessoa deve respeitar isso e não encher os nossos espaços com a sua tralha.

Em casa dos meus pais, só a minha irmã é que alinha nestas coisas e aí estou mesmo na minha praia (já fizemos várias arrumações juntas), pois ela adora livrar-se de coisas! Já com os meus pais o cenário é bem diferente…

Cá em casa, a tralha de cada um sempre esteve em espaços distintos, depois havia (e ainda há alguma) tralha comum pelo resto da casa.
Desde que comecei a interessar-me pelo mundo minimalista que fui falando com o meu companheiro sobre o assunto. Afinal conversamos sobre tudo e mais alguma coisa, por isso não faria sentido não falar sobre este assunto. Portanto ele está mais que esclarecido e até concorda com bastantes princípios da filosofia. E esta parte é bastante importante, não só mostrarmos como nos sentimos bem com a casa, a mente e agenda mais vazias, mas também explicar o porquê das coisas. Falem, conversem, expliquem e vão ver que mais cedo ou mais tarde os vossos queridos vos vão seguir, ora continuem a ler…
Quando há uns tempos fizemos arrumações e nos livramos de mais algumas coisas, ele prometeu-me que iria arrumar a sua “tralha” (coisas antigas que não usa e que estão guardadas em caixas). Quando mudamos de casa, compramos caixas específicas para guardar esse tipo de coisas. E era mais ou menos isso o que queria fazer com as minhas coisas também, tal como contei aqui quando me dei a conhecer ao mundo.
Foi precisamente nessa altura que se fez “PLIM!” e que percebi que não valia a pena guardar e organizar tralha.
Mas como não somos todos iguais, tratei apenas das minhas coisas….
No sábado passado voltei a destralhar. Senti uma necessidade enorme de o fazer (afinal agora já não tenho tantas coisas assim…) e como não tinha mais nada que fazer (dizem que os minimalistas ficam com muito tempo livre não é? Devo estar a ficar com esse problema…) comecei a inspeccionar a casa. Digitalizei alguns papéis e livrei-me de várias coisas (lixo, reciclar, dar).

Apesar de ainda estar algum calor, estive a ver algumas peças de inverno que irei usar na próxima estação e estive rever aquelas que acabei por não usar no verão.

Resultado: lá foram mais umas quantas peças embora e sobrou espaço!

Depois veio a parte mais difícil: aquelas coisas que nos são queridas e que guardamos simplesmente como recordação.

No meu caso eram umas botas Dr. Martens, que usei durante vários anos até ficarem mesmo velhinhas velhinhas. Adoro a marca, adoro as botas e gosto do que me fazem lembrar.
Mas tudo isso continuará comigo mesmo que me livre das botas. Afinal só me vou livrar das botas e não dessas recordações. Além disso, elas estavam arrumadas num sítio super escondido e não expostas num sítio qualquer… Assim chegou a altura de me despedir. Tirei algumas fotos e disse adeus!
No domingo foi a vez do meu querido companheiro me fazer uma grande surpresa: começou a arrumar a dita tralha e livrou-se de muita muita coisa (como podem ver aqui)! Durante as arrumações tentei estar quietinha no meu lugar e não interferir muito porque por mim não havia selecção (livrava-me de tudo!), mas como respeito o seu espaço e suas as coisas achei por bem não interferir. Apenas contei as coisas no final e fiz a separação (lixo, reciclagem, para dar).
Apesar destas arrumações ainda não terem terminado (sobretudo para quem não está habituado a coisa não se faz assim num dia…), o desafio 2013 em 2013 já passou os 50%, o que já me deu alguma esperança de que talvez o consiga terminar até ao final do ano! 
Não sei se o marido irá ler este post (ele não costuma ler o blog) mas se o fizer, deixo aqui o meu ENORME agradecimento! 🙂

  • Foto: Abigail

    Ana Milhazes, Socióloga, Coach, Formadora, Instrutora de Yoga, fundadora do Lixo Zero Portugal

    Bem-vindos ao Ana, Go Slowly!

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