Não gosto de ter muitos objectos em casa mas gosto de objectos com história.
Sempre gostei de máquinas de escrever e quando era miúda escrever numa coisa destas era das coisas que mais gostava de fazer, mesmo antes de saber escrever. Gostava de ouvir o som da máquina! E mesmo já depois de saber escrever, gostava mais do som da máquina do que propriamente daquilo que escrevia.
Já tinha pensado várias vezes em trazer a antiga máquina do meu pai cá para casa, mas depois começava a pensar que iria ganhar pó, que se poderia estragar ou que ia dar trabalho a limpar… no fundo seria mais uma coisa… e se eu andava a livrar-me de coisas, não fazia sentido arranjar mais coisas, certo?… Mas aqui é que está o grande truque: decidir aquilo que vale a pena mandar embora e saber aquilo que devemos receber de braços abertos 🙂
Então quando vi este post da Ana Luísa essa minha vontade confirmou-se! Fiquei absolutamente deliciada com as imagens da casa dela! Está cheia de pormenores que fazem toda a diferença e tem um ar tão cozy e simples! Simplesmente adoro! E foi nestas imagens, precisamente, que voltei a ver uma máquina de escrever… Pronto, fiquei rendida! Pensei “é desta que vou mesmo fazer o que sempre quis, ter a máquina do meu pai cá em casa”.
Quando fui a casa dos meus pais descobri-a na garagem cheia de pó dentro da respectiva caixa. Quando abri a caixa sei que os meus olhos brilharam! Que saudades tinha eu daquela máquina!
Já em minha casa, limpei bem o pó e encontrei o sítio ideal para a sua nova casa: na estante (confesso que não consegui esperar muito, tive logo que tratar de a colocar no sítio certo!). A minha estante (que está no escritório) é mesmo o sítio cá de casa com mais recordações e objectos diferentes. Para mim, uma estante não serve apenas para guardar livros, uma estante é um local de histórias, de vivências e por isso é o sítio ideal para expor aquilo que mais gostamos. E foi assim que a minha casa ganhou um bocadinho mais de história e alegria 🙂