Mudanças…

E quando as rotinas têm que mudar?
Com a mudança de trabalho tudo mudou para mim. Tive que passar a levantar-me mais cedo, deixei de conseguir fazer exercício de manhã (pois teria que me levantar ainda mais cedo), perco mais tempo nas viagens, chego mais cansada a casa, e de manhã tem sido muito difícil levantar-me mais cedo para ter tempo para mim.
Claro que estas são só as coisas menos boas. Muitas coisas boas apareceram com o novo trabalho (mas não é disso que quero falar aqui).
Aquilo que quero falar prende-se com o facto de ser difícil manter determinadas rotinas quando mudamos outras. Há todo um período de adaptação ao qual temos que nos ajustar. Novas rotinas e novos hábitos têm que ser definidos.
Já passou um mês e já consegui adaptar alguns dos antigos hábitos às novas rotinas. O problema é que o cansaço está novamente a voltar e é muito difícil manter-me assim. Detesto sentir-me cansada e também detesto quando sinto que não tenho tempo para nada. Confesso que depois de conhecer uma realidade com mais tempo, mais calma (uma realidade minimalista) me custa muito mais voltar à confusão e aos dias sem tempo.
Aquilo que quero partilhar convosco é: não se sintam mal se chegam a casa sem energia para destralhar, para cozinhar e para preparar tudo para o dia seguinte. Nós somos humanos, não somos máquinas. O que é importante sim é percebermos o que achamos que está menos bem e aquilo que poderemos mudar. Mas temos que mudar lentamente e não sermos demasiado exigentes connosco próprios. Não vale a pena que assim seja e só nos prejudicamos. Temos que ter força sim, temos que ter energia. Mas se não as tivermos durante um dia ou dois, ou durante uma semana, qual é o pior que nos pode acontecer?
Eu não sou perfeita, nem quero ser (longe vai o tempo em que buscava a perfeição, tinha que conseguir fazer tudo e não admitia falhas), deixei-me disso pois só me fazia a mal (a mim e aos outros). Aprendi a diminuir as expectativas e até a deixar de as ter. Só me degastavam. Faço aquilo que considero mais importante, defino prioridades e quando me sinto muito cansada ou quando tenho menos tempo ainda faço uma triagem dessas prioridades. Apenas o mínimo é feito e nada mais. O mais importante é descansar, recuperar energias e sentirmo-nos bem. Dias melhores (energeticamente falando) virão. Novas rotinas também e novos hábitos também. Até lá vou tentando adaptar-me e tentando descobrir novas estratégias. É bom termos novos desafios e é bom tentarmos ir um pouco mais além. Gosto disto, a sério que gosto!
  • Foto: Abigail

    Ana Milhazes, Socióloga, Coach, Formadora, Instrutora de Yoga, fundadora do Lixo Zero Portugal

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