Os flashbacks são, como o próprio nome indica, um regresso ao passado.
Foi por volta de Novembro de 2011 que comecei a ler sobre minimalismo e que transformei literalmente a minha vida!
Na altura não tinha blog mas escrevia numa espécie de diário.
Quando criei o blog, um ano depois, recuperei alguns desses textos para te inspirar a fazer o mesmo. Espero que gostes!
A cozinha foi um dos sítios que mais demorei a simplificar. Foram várias as sessões de destralhamento e de cada vez que arrumava ia mais além. Acho que é preferível assim, lentamente e de forma ponderada, pois de outra maneira acabamos por nos livrar de coisas que mais tarde nos poderemos arrepender.
Livrei-me de…
– sacos de papel e de plástico (muitos muitos). Não imaginam a quantidade de sacos que tinha! Cada vez que comprava alguma coisa aceitava sempre o saco e depois também guardava de recordação sacos que eram giros… os sacos de plástico das compras também se iam acumulando, pois mesmo gastando para o lixo isso não era suficiente

–
louça/plásticos/electrodomésticos – tinha um armário só com louça que não usava. Eram sobretudo coisas oferecidas: 3 conjuntos de café, 6 copos champanhe, 1 serviço de chá, 1 bule com chávena e prato, uma molheira, 3
tupperwares, um passe-vite (que raramente usava e que já não funcionava muito bem), uma picadora antiga e uns acessórios para chá em saquinhos (como agora só uso chá em folhas: adeus!)
– um conjunto de 4 naprons – já tenho vários e por isso pude bem livrar-me de um conjunto
– um conjunto de bases para copos – tinha 2 conjuntos de cores diferentes. Um e é mais do que suficiente
– caixa do pão – passei a usar um saco em tecido (ocupa muito menos espaço e é muito mais fácil de arrumar)
– bases para pousar colheres quando se está a cozinhar (isto faz assim tanto jeito?) – tinha duas e despachei-as. Afinal é só mais uma coisa para lavar quando se acaba de cozinhar
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tralha que estava numa gaveta – foi tudo para o lixo
– um saco de palhinhas – durante 2 ou 3 anos devo ter usado no máximo 4 palhinhas; está visto que não preciso delas…
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3 capas de arquivo (uma de receitas, duas de instruções). Das instruções tentei deixar só as instruções em PT ou Inglês e livrei-me do resto
– livros e papéis com receitas – passei quase todas as receitas para uma aplicação do telemóvel e só deixei 2 livros (com tantas receitas boas na net, confesso que me esqueço muitas vezes dos livros e depois junto tantas receitas novas para fazer que acabo por não experimentar nenhuma) Menos é mais!

– tapetes: tapete da cozinha (não serve para nada, só mesmo para se sujar, sem tapete limpa-se o chão mais vezes e mais facilmente); 2 tapetes mais pequenos que usei nas mudanças para arrastar móveis e outras coisas (estavam num armário)
– todas as
pegas em tecido – só fiquei com as pegas em silicone (são muito mais práticas, é só passar por água ou limpar com um pano quando se sujam)
– 2 bases para tachos (fiquei com 3, uma maior que uso todos os dias e 2 mais pequenas)
– várias velas e suportes/bases para velas – sempre gostei muito de velas e numa altura cheguei mesmo a fazer colecção. Fui realista e vi aquilo que realmente usava/precisava. Livrei-me de 5 suportes para velas e fiquei só com 2. Como fui gastando várias velas, deixei de precisar de uma caixa onde as guardava, por isso “adeus caixa”
– porta guardanapos – pois deixei de usar guardanapos de papel
– dispensador para detergente da louça – era prático para usar e ainda tinha um sítio para colocar a esponja da louça, mas foi ficando feio e com ferrugem. A ideia de ter que comprar outro para substituir fez-me pensar que passo bem sem ele
– medicamentos fora do prazo – entreguei na farmácia (isto é algo que vou fazendo com alguma regularidade). A verdade é que raramente tomamos seja o que for, por isso esta caixa é cada vez mais pequena
– tralha em cima dos balcões – esta foi sem dúvida uma das maiores mudanças, pelo menos a mais visível. Tirei quase tudo o que tinha em cima dos balcões da cozinha, deixei só o saleiro, a máquina de café e uma taça para a fruta (que arrumo quando não tem fruta)
–
peças da caixa de ferramentas e outras coisas que tais – deitei quase tudo fora ou dei (peças de varões das cortinas, parafusos, tanta coisa que não serve para nada)
– muitos panos velhos
– tinha uma caixa cheia de tecidos e de coisas para inventar / arranjar – livrei-me de tudo. Se num ano não usei, também não é agora que vou usar. O mesmo aconteceu com a caixa de costura que estava cheia de missangas e outras peças para fazer bijuteria. A verdade é que queria começar a aprender a fazer alguma coisa, mas como também passado um ano e tal nada fiz, também não é agora que o irei fazer e de certeza que há gente que gostava muito mais de ter isto do que eu
– vários utensílios das gavetas dos talheres – fiz várias arrumações; primeiro comecei por organizar as coisas de outra forma, mas depois acabei por me livrar de vários utensílios que não usava ou que já tinha em duplicado e assim foi muito mais fácil manter as gavetas sempre arrumadas
E ainda, organizei a despensa, onde me livrei de vários sacos de arroz/farinha/massas que coloquei nos respectivos frascos.
Também aproveitei mais alguns frascos de coisas que fui comprando (salsichas, vegetais…), para arrumar sementes e especiarias (se soubesse o que sei hoje nunca teria comprado frascos para as especiarias, aqueles que vêm com as especiarias e com outras coisas servem perfeitamente e há várias formas de os personalizarmos para o caso de não gostarem de coisas tão simples).
Comprei, também, um cabide para pendurar várias coisas atrás da porta da cozinha (assim as coisas ficaram melhor arrumadas e escondidas).
E arrumei um degrau que costumo usar para chegar aos armários mais altos. Costumava tê-lo montado a ganhar pó… resolvi desmontá-lo e arrumá-lo num armário, quando preciso dele uso e volto a arrumar.
Com estas mudanças na cozinha passou a ser mais fácil fazer as tarefas diárias, mas também passou a ser muito mais agradável abrir qualquer armário. Para além disso, ganhei muito espaço, o que é óptimo 🙂