Como foi 2012 e o que esperar de 2013?

No ano que está a terminar levei o minimalismo ao extremo (no sentido em que me dediquei a isto de corpo e alma!), tornei-me 100% vegan, passei a dedicar muito mais tempo a fazer aquilo que gosto, descobri novas coisas e redescobri outras, dediquei-me mais à cozinha (coisa que tanto gosto!), passei finalmente a valorizar tudo aquilo que tenho e a pensar cada vez menos naquilo que não tenho, tive oportunidade de trabalhar a partir de casa o que me permitiu ter uma vida mais relaxada, passei a fazer exercício regularmente e descobri uma parte espiritual que desconhecia por completo. Pelo caminho, fui descobrindo que afinal não gosto assim tanto de organização. Gosto muito mais de me livrar de coisas e de ter pouco que organizar 🙂

Agora que descobri um estilo de vida que se adequa completamente a mim (a nós), agora que deixei de me sentir mal por não gostar de sair à noite e de fazer imensos programas que todos os outros fazem, agora que descobri que o que gosto mesmo é de me levantar super cedo, só quero manter-me assim! E quero cada vez mais deixar de ligar aos que os outros pensam e dizem (mesmo vindo de pessoas mais próximas).

Acho que também ajudou muito o facto de perceber que há pessoas como eu (ou pelo menos parecidas), que vou descobrindo pela Internet e algumas até mesmo no meu grupo de amigos.
Assim este ano foi muito bom para me conhecer melhor e também para me dedicar a muitas outras coisas que nunca consegui antes. Foi bom para relaxar e acalmar, para atrair coisas positivas e perceber que SOMOS NÓS quem constrói a nossa felicidade!
Penso também que este foi o ano em que mais coisas fiz e o único ano em que consegui cumprir praticamente todas as resoluções registadas no final de 2011. Ainda assim quero mesmo deixar as resoluções de lado, pois quero uma vida mais livre!
2013 será o meu primeiro ano sem resoluções nem objectivos (em muitos, muitos anos).
Acabou a Ana das mil listas, mil objectivos, mil cálculos e mil planos. Tenho que concentrar toda essa energia no AGORA, no saborear das pequenas coisas, na gratidão, no amor aos meus! Sei aquilo que mais gosto e aquilo que quero continuar a fazer e será apenas isso que pautará a minha vida no próximo ano.

Para além de abandonar estas resoluções anuais, vou também tentar:

  • deixar de planear – tantas e tantas vezes planeei tudo ao milímetro e depois não aconteceu nada daquilo! Andei a perder tempo, a criar expectativas para nada! Depois o sentimento de frustração é enorme e só me faz mal. Portanto, este ano, apesar de saber que será um enorme desafio, vou deixar-me de planos! O que tiver que acontecer, acontecerá! Afinal a vida acontece na mesma, quando não planeamos. A vida não pára! E sem planear desfrutamos muitos mais dos momentos!  
  • deixar de criar expectativas – não esperar que determinadas situações aconteçam e sobretudo que aconteçam de uma determinada forma; não esperar que a pessoa X reaja assim ou assado; não julgar nem criticar a pessoa X, pois na maior parte das vezes não conhecemos assim tão bem as pessoas e estamos só a ser “mauzinhos”.
  • pôr em prática a filosofia do Wabi-sabi, seja em casa, seja na vida pessoal. O Wabi-sabi ensina-nos a gostar das rachadelas, das amolgadelas, do passar do tempo pelas coisas e objectos. Devemos abraçar isso mesmo e sermos felizes! Para quê estar a ir contra aquilo que a vida nos dá?! Não vale mesmo a pena! Claro que devemos fazer pequenas reparações em casa e mudar coisas que gostamos menos, mas devemos também apreciar a nossa casa por aquilo que ela já viveu e passou. Que sentido fazia ela ficar sempre igual, se nós, humanos, também não ficamos? Ela também quer mostrar a sua experiência de vida, pois claro. Que mal é que isso tem? Devemos saber cuidar dela, dar-lhe uma “boa alimentação” e “exercício físico” e depois deixá-la envelhecer naturalmente!

 
O que pretendo com tudo isto?
Ter uma vida mais calma, ainda mais simples, relaxada, flexível, com mais liberdade, dedicada a fazer aquilo que gosto e dedicada àqueles de quem mais gosto, sem stress, sem frustrações, sem pressas, sem criar expectativas (e fazer muitos filmes, como eu costumo dizer), onde haja lugar para surpresas e coisas inesperadas.

Não quero mesmo olhar para trás mais tarde e pensar: “porquê que eu não soube aproveitar?”. Definitivamente sei que não quero isso!
Quero olhar para trás e sentir que vivi tudo como tinha que viver e que aproveitei tudo ao máximo.
Sei que vai ser difícil, sei que vou ter que me forçar a concentrar no momento presente e não andar com o pensamento a 1000. Mas aquilo que fui vivendo ao longo do ano que passou deu-me as ferramentas necessárias para superar este desafio. Que venha 2013, estou preparada!

  • Foto: Abigail

    Ana Milhazes, Socióloga, Coach, Formadora, Instrutora de Yoga, fundadora do Lixo Zero Portugal

    Bem-vindos ao Ana, Go Slowly!

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